quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

um caco de vidro, uma agulha, uma lamina....

 
Me sinto incapaz de chorar até mesmo quando estou sozinha, pra eu ficar bem aliviada comigo, o que eu faço é fazer mal a mim,(sem detalhes)

De repente deu uma saudade do que eu não tive...


De repente deu-me uma saudade do que não tive, do que já fui e do que eu deixei para trás...
Deu-me uma saudade de palavras mais amenas, de mais sorrisos e de mais amor...
Deu-me uma saudade de doce, de molecagem, de brincadeiras e sorrisos em meio ao sexo, em meio á vida
De repente deu-me uma saudade de tudo e de nada.
Deu-me uma saudade de perfume. Das curvas, geografia, de tudo que era pra ter sido e nunca vai ser


De repente deu-me uma saudade de mim...
Sim...porque me perdi por caminhos e estradas que não me levam a nada, implorando o amor, feito migalha, e trancando meu vasto universo na singularidade de alguns pobres versos.
Por troca de beijos que não acalmam meus desejos. Deu-me uma saudade do que fui, do que era antes de começar a brincar ou tentar entender...o amor...!

De repente deu uma saudade do que eu não tive...


Gilson Costa